Filho mata os pais a facadas dentro de casa em Acarape, no Maciço de Baturité

 


Pai e mãe foram mortos pelo próprio filho a facadas, na manhã desta quarta-feira (18), dentro da residência onde moravam na rua Gilberto Bernardo da Silva, no bairro Marrecos, na cidade de Acarape, a cerca de 60 km da Capital cearense. O delegado Cleidsom Pereira Fernandes, titular da Delegacia Municipal de Redenção, responsável pelas investigações, confirmou as informações.

As vítimas são o motorista Ubiraci de Freitas e a dona de casa Maria de Freitas. Já o filho, suspeito pelo crime, foi identificado como Rafael de Freitas.

Conforme João Bosco, um vizinho da família, o crime aconteceu por volta das 6 horas e foi possível ouvir os gritos vindos da residência do casal. 

"Acordei 6 horas escutando os gritos dos vizinhos, porque minha casa faz fundo com a casa do Ubiraci. No momento em que eu arrudiei o quarteirão para saber o que ocorreu, quando eu ia chegando, a filha dele vinha correndo com as mãos cheias de sangue, dizendo que os pais tinham morrido", relata.

Os corpos de Ubiraci e Maria das ficaram caídos entre a sala e a cozinha da casa. Ubiraci foi atingido com golpes de enxada na cabeça, além de facadas na garganta. Já a mulher, mãe de Rafael, morreu com golpes de faca na barriga.

Ainda não se sabe o estado de saúde do filho e a motivação do duplo homicídio, já que a ocorrência policial seguia em andamento até a publicação, conforme declarado pela Polícia Civil.

Após o crime, de acordo com Bosco, Rafael foi capturado pelo próprio cunhado, com a ajuda de vizinhos. O suspeito ficou amarrado com uma corda até a chegada da polícia, que o levou para um hospital de Redenção. Em seguida, ele foi encaminhado para uma cadeia pública.

Dívida de drogas

João Bosco afirma que Rafael era usuário de drogas e teria uma dívida com traficantes. "O crime foi motivado porque Rafael era usuário de drogas e estava devendo R$ 6 mil a traficantes e pediu aos pais para pagar a dívida. Os pais dele recusaram e foram mortos", disse.

Ubiraci era funcionário de uma empresa de tintas. Ele e a esposa Maria eram evangélicos e bastante queridos na região. Rafael não trabalhava e, às vezes, chegava a ajudar o pai no serviço. Além disso, o suspeito chegou a ficar internado por um ano em uma clínica de reabilitação.

Conforme um amigo da família, o professor José Weyne, Rafael também fazia uso de bebida alcoólica e constantemente tinha conflitos com o pai. Inclusive, o suspeito já havia agredido o pai em uma outra ocasião. "A gente presenciou algumas cenas de conflito. Ano passado ele bateu no pai na garagem, com um cabo de ferro", relembra.

Um dia antes do crime, segundo um outro vizinho, Ubiraci chegou a comentar com ele que viu Rafael amolando uma faca. "Eu disse 'rapaz interna esse homem de novo'. E ele respondeu que achava que a clínica não era muito boa".

Além de Rafael, o casal deixa uma filha e dois netos.

 

 (Diário do Nordeste)

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