Dr. Jairinho é afastado da presidência da Comissão de Justiça e Redação da Câmara de Vereadores do Rio



 

 Jairinho após ser preso Foto: Guito Moreto / Agência O Globo / 08-04-2021

O presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Carlo Caiado (DEM), afastou, nesta segunda-feira, Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), da presidência da Comissão de Justiça e Redação. A comissão é a mais importante da Casa. Caiado tomou a decisão depois que o Solidariedade formalizou, na sexta-feira, a expulsão do vereador, suspeito de matar o enteado Henry Borel, de 4 anos. Com a exclusão de Jairinho da comissão, deve ser realizada uma reunião esta semana para definir o substituto. Jairinho já havia sido excluído do Conselho de Ética.


A decisão do afastamento de Jairinho foi publicada no Diário da Câmara Municipal desta segunda-feira. De acordo com a Casa, uma eleição será realizada em plenário para escolher um interino para a comissão. Jairinho também já foi afastado do Conselho de Ética da Câmara e da Comissão Especial que analisa a atualização do Plano Diretor da Cidade.

Caso Henry: filho de ex-namorada de Jairinho voltou com o fêmur quebrado após sair sozinho com o vereador

Jairinho foi preso no último dia 8 graças a um mandado de prisão temporária, com duração de 30 dias, por atrapalhar as investigações sobre a morte de Henry, seu enteado. A mãe da criança, a professora Monique Medeiros, também foi detida. A remuneração de Jairinho foi imediatamente suspensa após a prisão.

Defesa: novos advogados veem Monique 'livre do medo' após prisão e dizem que mãe do menino 'ainda não falou por ela'

Henry passou o dia 7 de março com o pai, Leniel Borel, que o levou ao condomínio Majestic, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde moravam Jairinho e Monique. Na mesma madrugada, o casal levou a criança ao Hospital Barra D'Or, onde ele chegou morto. O vereador e a professora alegaram que Henry havia sofrido uma queda.

Entenda os principais pontos: Novo depoimento de babá compromete ainda mais Dr. Jairinho e Monique

O laudo da perícia do Instituto Médico Legal (IML), no entanto, constatou que o menino sofrera "hemorragia interna" e "laceração hepática", resultados de uma "ação contundente". O garoto tinha outras lesões e hematomas espalhados pelo corpo.


Agência O Globo 


Postagens mais visitadas