Carta encontrada com Lázaro indica que ele teve ajuda de outras pessoas durante a fuga



 

Uma carta divulgada pela Polícia Civil pode indicar alguns detalhes sobre como aconteceu a chacina no Distrito Federal, em que o suspeito é Lázaro Barbosa. Encontrado com o homem, o documento escrito indica que ele pediu munição para um suposto colega, conforme indicam as investigações. “Já tive dois confrontos... Tô zerado de munição... Pra pegar pra mim, eu vou te adiantar 500 reais”, disse Lázaro na carta.

Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, a delegada Rafaela Azzi analisou ainda que o suspeito tenha recebido ajuda de um fazendeiro, a quem a família vítima da chacina devia dinheiro. "Nós não descartamos a hipótese de que ele tenha, realmente, usado Lázaro para cobrar a dívida e, não recebendo, matar aquelas pessoas", contou a delegada.


Na noite que antecedeu a morte do homem, um dos policiais disse que avistou Lázaro em um bairro periférico de Águas Lindas de Goiás. "A gente falou para ele se entregar, aí ele só falou: 'Se entrar, é tiro na cabeça', mas não víamos mais ele porque a mata era muito densa”, disse um policial em reconstituição do caso junto à TV Globo. “Tivemos a sensação de que havia chegado a hora (da prisão)”, completou o agente.

As investigações do caso ainda apontam que o homem não agiu sozinho nos crimes dos quais é acusado. A Polícia suspeita que ele fazia parte de uma organização criminosa que envolvia empresários, fazendeiros e políticos. Um dos suspeitos de ajudar Lázaro na fuga é o fazendeiro Elmi Caetano que, de acordo com as investigações, escondeu o então foragido em uma de suas propriedades.

Lázaro Barbosa de Sousa, 32, morreu na manhã do dia 28 de junho, durante troca de tiros com forças policiais em área de mata na cidade de Águas Lindas (GO), foi atingido por pelo menos 38 disparos. Ao todo, segundo boletim de ocorrências obtido pelo G1, a Polícia afirma ter atirado 125 vezes durante a "caçada" para capturar o "Serial Killer de Brasília", como ficou conhecido nas redes sociais.

Uma força-tarefa com mais de 200 policiais de Goiás e do Distrito Federal (DF) foi montada para prender o suspeito. Cães farejadores, drones e helicópteros ajudaram na busca do homem conhecido como "serial killer de Brasília". De acordo com a Polícia Militar, além de matar uma família em Ceilândia (DF), ele invadiu chácaras, atirou em três pessoas, furtou um carro e o abandonou na BR-070 quando avistou a Polícia.



O Povo Online


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