Autotestes para covid-19 chegam ao Brasil no início de março

 


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, ontem, o registro de mais dois autotestes para covid-19. Um deles é o primeiro a detectar a infecção pelo novo coronavírus a partir de uma amostra de saliva do paciente, em vez de secreção do nariz. Ao todo, quatro autotestes obtiveram o registro aprovado pelo órgão e já podem ser vendidos no Brasil. Mas os consumidores só devem encontrar os exames nas gôndolas das farmácias na próxima semana.

Essa é a previsão feita pela primeira empresa que obteve o registro do autoteste de covid-19 no Brasil, a CPMH Comércio e Indústria de Produtos Médicos-Hospitalares e Odontológicos. Com sede em Brasília, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), a CPMH indicou que o primeiro lote dos autotestes estará disponível para a população brasileira somente na próxima semana. O lote inicial previsto para farmácias, lojas de artigos médicos e respectivos e-commerces é composto por 20 milhões de unidades de exames.

A empresa atende a todo Brasil e informou que a quantidade dos próximos lotes ainda está sendo definida com as farmácias. A CPMH Produtos Hospitalares não indicou uma estimativa de preço que será cobrado pelo produto. "Ainda não há uma expectativa oficial sobre o preço dos autotestes, produzidos pela empresa chinesa Bioscience (Tianjin) Diagnostic Technology Co.,Ltd", disse em comunicado. O preço final depende da política comercial das farmácias e lojas que irão realizar a venda.

Quem também prevê autotestes disponíveis para os consumidores no início de março é a empresa Eco Diagnóstica. O fabricante teve aprovado o registro de dois autotestes. Um deles é o exame que utiliza a saliva para detectar a infecção, aprovado ontem pela Anvisa. A coleta do material requer que o usuário deposite a saliva em um copo. O kit possui o item para que a pessoa produza a quantidade certa de secreção bucal para o exame.

O outro autoteste da Eco Diagnóstica aprovado pela agência reguladora utiliza o swab (cotonete) nasal, mais comum entre os exames realizados pelo próprio paciente. Os dois tipos serão produzidos no Brasil, e o que coleta a amostra nasal já teve a produção iniciada na quarta (23), na fábrica em Corinto (MG).

Ontem, a Anvisa aprovou o autoexame da empresa Kovalent do Brasil. O kit também será produzido em território nacional e estará disponível nas farmácias em versões com um, dois e cinco testes em uma mesma embalagem. O primeiro registro de autoteste foi concedido pela Anvisa na última semana, em 17 de fevereiro.

O aval do registro ocorreu 20 dias após a diretoria colegiada da agência aprovar, por unanimidade, a venda desse tipo de exame no Brasil, atendendo o pedido feito pelo Ministério da Saúde. Atualmente, 81 pedidos de registro desse tipo de exame já foram feitos à Anvisa, que reprovou 13 solicitações.

 

 (Correio Braziliense)

 

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