Covid-19: Izolda aponta baixa incidência de casos graves e mantém decreto vigente

 Governadora participou de reunião do Comitê Científico a avaliou cenário atual da pandemia no...

Com cenário epidemiológico em situação de relativa estabilidade, o Ceará seguirá por mais uma semana sob as regras do atual decreto estadual de enfrentamento à pandemia. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira, 8, pela governadora Izolda Cela após reunião do Comitê Científico que delibera as medidas de enfrentamento à crise sanitária no Estado. Com isso, permanece vigente a recomendação para uso de máscaras de proteção facial em ambientes fechados.

Segundo a governadora, os integrantes do Comitê apontaram baixa incidência de casos graves de Covid-19 em todo o Estado, principalmente em Fortaleza, que durante o mês de junho não registrou nenhuma morte em decorrência da doença. "Tivemos a boa notícia de que não tem havido agravamento dos casos de Covid no Ceará. Em Fortaleza, segundo dados da SMS (Secretaria Municipal de Saúde), não houve o registro de óbito pela doença em junho, primeira vez que isso ocorre desde o início da pandemia", afirmou Izolda, atribuindo o quadro positivo à eficácia da vacinação.

Em junho de 2021, o número de mortes pela Covid-19 na Capital chegou a 1.375. No mesmo mês de 2020, primeiro ano da crise sanitária, foram 2.110 óbitos registrados. Para a governadora, o cenário de redução das mortes e casos graves da doença reforça a necessidade de a população manter em dia o esquema de vacinação. "Continuamos incentivando todos e todas a tomarem a dose de reforço, fundamental para manter alta a imunidade. Muito importante também a vacinação das crianças e adolescentes", enfatizou.

De acordo com o último boletim epidemiológico da SMS, divulgado no dia 28 de junho, o último óbito em decorrência da Covid-19 em Fortaleza foi registrado no dia 24 de maio. O quadro é considerado de "muita baixa mortalidade" pela doença. O próximo informe epidemiológico, que deve trazer os indicadores da primeira semana de julho, está previsto para ser divulgado na próxima segunda-feira, 11.

Mesmo sem registrar mortes no mês passado, o número de casos da doença voltou a subir em Fortaleza. No total, houve 7,4 mil confirmações, ante a 997 em maio. Considerando o primeiro semestre do ano, a Capital cearense contabiliza 296,8 mil casos e 1.860 mortes. No intervalo, a taxa de letalidade — proporção entre o número de casos e mortes — ficou em 0,6.

No Ceará, os indicadores da pandemia também oscilaram para cima no último mês, mas dentro dos níveis de variação esperados pelas autoridades de Saúde do Estado. Em junho, a soma de casos confirmados nos 184 municípios foi de 23 mil, número muito superior aos 2 mil registrados em maio. As mortes também subiram, passando de 11 para 35 no período analisado. As informações constam na plataforma IntegraSUS, gerenciada pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).

Nos sete primeiros dias de julho, o Estado acumula 5,2 mil casos e 24 mortes. Os números registrados nos últimos dois meses, no entanto, estão consideravelmente abaixo das estatísticas do primeiro bimestre do ano, quando a situação era mais preocupante. Em janeiro, o Estado teve mais de 236 mil casos e 978 mortes. No mês seguinte, houve uma redução drástica de casos, com 26,4 mil confirmações, mas as mortes se mantiveram em patamar elevado (637).

Em quase dois anos e meio de crise sanitária, o Ceará acumula 1,2 milhão de casos confirmados de Covid-19. Desses, pouco mais de 1,1 milhão já estão recuperados da doença. Já o número de mortes chega a 27.293, colocando o Estado na nona posição do ranking geral das 27 Unidades da Federação. No Nordeste, fica atrás apenas da Bahia, onde já foram registrados 30.072 óbitos. Os dados são do painel do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), atualizado às 18 horas desta sexta-feira, 8. 

O primeiro semestre da pandemia em 2022 no Ceará

Junho

23.068 casos
35 mortes

Maio 

2.075 casos
11 mortes

Abril 

1.379 casos
33 mortes

Março 

2.208 casos
142 mortes

Fevereiro 

26.441 casos
637 mortes

Janeiro 

236.427 casos
978 mortes

 

 

(O Povo)

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