Achados arqueológicos encontrados em Ipu, em fase de estudos, serão levados ao conhecimento do IPHAN

 


Achados arqueológicos, encontrados em Ipu, estão passando pela fase inicial de inventariação, serão levados ao conhecimento do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). A ideia do guardião desses artefatos, possivelmente em sua grande maioria, de origem indígena, é criar um museu em Ipu, para exposição e consequentemente para se tornarem materiais de estudos de pesquisadores, cientistas do Brasil ou até mesmo de outros países, colocando o município em importante patamar da pesquisa arqueológica. 

O Repórter Francisco José esteve no laboratório da indústria de envasamento (engarrafamento) de água; "Água Mineral Acácia", na região serrana de Ipu, onde os instrumentos se encontram guardados. São objetos que se dividem em duas categorias; material lítico: pedras lascadas, polidas (pilões, mão de pilão e outros), e material cerâmico (cachimbos, urnas funerárias e outros utensílios).    

O proprietário da indústria Água Mineral Acácia; professor Luiz Pessoa Aragão, o "Boy", o guardião desses objetos, revelou que tudo começou quando na localidade Palmeirinha, foram encontrados os primeiros objetos pelos nativos, moradores locais. Após os objetos lhes serem entregues,  as informações de outros achados começavam a chegar ao seu conhecimento, e assim conseguiu juntar todo o acervo e protegê-los para que fossem estudados, no sentido identificar que civilizações os confeccionaram e em que tempo foram feitos. 

Para tanto a filha do professor Luiz Pessoa Aragão, doutoranda em Geografia pela UFC (Universidade Federal do Ceará); Larissa, contratou sua colega Dra. Daniele, natural de Goiânia-Goiás, graduada em arqueologia, fazendo mestrado em Geologia na UFC (Universidade Federal do Ceará), e as duas cientistas estão desde então debruçadas nas pesquisas e estudos de todo o material. Artigos estão sendo elaborados para publicações a esse respeito. 

 

"Uma coleção arqueológica na minha visão, tem como dois principais objetivos principais; a produção do conhecimento, e trazer o conhecimento para a comunidade. Outro objetivo é incentivar a pesquisa na região por técnicos da UFC e outros parceiros, trazer uma equipe especializada aqui para o município pra realizar uma escavação dentro de toda metodologia desenvolvida, dentro da pesquisa arqueológica para que se possa recuperar esse material cada vez mais com um número maior de informação". Ressaltou Dra. Daniele. 

A nossa reportagem foi acompanhada dos historiadores Raimundo Alves e Petrônio Lima, que se mostraram entusiasmados com as descobertas. O guardião dos achados arqueológicos; professor Luiz Pessoa Aragão, lamentou, o que no mínimo achamos estranho, a AILCA (Academia Ipuense de Letras Ciências e Artes), não ter aceitado a oferta desse tesouro de valor incalculável, sem nenhum custo, ou qualquer outro tipo de encargo, somente disponibilizaria um espaço na Casa Osvaldo Araújo para exposição dos objetos arqueológicos. 







(repórter Francisco José)

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