Esquema de falsificação de RG para golpes em Fortaleza é desarticulado

 Apreensão de papel de segurança (foto: divulgação/Polícia Civil )

Um esquema de falsificação de Registro Geral (RG) foi desarticulado em Fortaleza pela Polícia Civil do Ceará, por meio da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF). Uma pessoa foi presa na última terça-feira, 2, e a investigação apontou que os papéis usados na falsificação vinham de São Paulo e eram comprados em grupos de WhatsApp.

Conforme o titular da DDF, delegado Carlos Teófilo, a equipe da Defraudações verificou uma série de golpes que eram praticados com RGs que chamavam atenção pela qualidade da falsificação. "Para identificar se o papel é verdadeiro ou não, a luz ultravioleta é colocada no papel de segurança. Se é um papel normal ela brilha, mas se é um papel de segurança, usado em documentos, a luz é absorvida. E nesse caso foi verificado que era realmente um papel de segurança. A qualidade era boa e difícil de ser identificada a olho nu. Passamos a investigar onde estavam fazendo", detalhou o delegado.

De acordo com Carlos Teófilo, as investigações apontaram que o papel vinha de São Paulo e era entregue a uma pessoa no bairro Cristo Redentor, em Fortaleza. Os policiais foram até o local e constataram a chegada do carro dos Correios, que entregou o material. Em seguida, a equipe da DDF realizou a prisão em flagrante do proprietário da casa por crime de receptação. Foi constatado ainda que existia uma ligação clandestina de eletricidade na casa, conhecido também como "gato", e ele foi preso por furto de energia.

O homem, que não possuía antecedentes criminais, afirmou à Polícia que era pago pelo sobrinho para receber esse material. E que o familiar, que tem antecedentes por furto e estelionato, ia até a residência dele buscar os papéis. A Polícia identificou o sobrinho e procura por ele.

Compras pela internet

O delegado destaca que essas compras de papéis de segurança acontecem por meio da internet, em grupos de WhatsApp e redes sociais. De acordo com o titular da DDF, o indivíduo faz o pedido, o pagamento e o material é enviado. Esses documentos eram usados nos mais diversos golpes em Fortaleza, pois com a falsificação dos documentos com o nome de uma pessoa com crédito, era possível fazer compras e negociações e, dessa forma, era realizado o crime de estelionato.

Na casa no bairro Cristo Redentor, a Polícia Civil encontrou cartões, documentos de veículos e mais de 100 plásticos de chips. O delegado ressalta que os estelionatários usam números diferentes para aplicar golpes e descartam os contatos.

O titular da DDF destaca que quem compra um papel de segurança está cometendo crime de receptação e quando se coloca os dados de terceiros, a pessoa está falsificando um documento público. Se essa pessoa faz o uso do documento, ela pratica o crime de uso de documento falso.

 

 

(O Povo)

 

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