Em dois anos, Ceará registra mais de 17 mil denúncias de estelionato utilizando o PIX

 PIX completa nesta quarta-feira (16) dois anos de uso no Brasil. — Foto: Reprodução/RPC

De janeiro a outubro deste ano, foram 10.860 casos, considerando os registros feitos em delegacias da Polícia Civil do Estado. Já durante todo o ano de 2021, foram realizadas 6.185 denúncias. Os dados são da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança (Supesp) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Durante a pandemia, o uso do PIX para fazer pagamentos de produtos e serviços, evitando contato físico entre as pessoas, foi popularizado como uma das formas de prevenção ao coronavírus. Porém, com o aumento do uso da ferramenta, criminosos aproveitaram para a aplicação de golpes.

"As mudanças que auxiliaram comerciantes e consumidores, durante o período mais crítico, também tornaram mais comum a aplicação de golpes nas transações onlines. Além disso, com a popularidade da transação digital, o assunto ganhou visibilidade nos espaços de discussão, facilitando o entendimento das vítimas sobre como proceder para registrar as situações", disse a SSPDS.

Prisões

Conforme a pasta, a polícia tem reforçado ações de combates aos crimes por meio da ferramenta. Em outubro deste ano, um grupo foi capturado na cidade de Icó, interior do Ceará, após simularem uma transferência via PIX para sair de um motel sem pagar.

Na ocasião, dois homens e uma mulher foram presos. Depois da captura do trio, mais duas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento em golpes aplicados em outros estabelecimentos do município.

Durante as ações, o "Don Juan" acessava sites de relacionamentos LGBTQIA+. Nos encontros, o suspeito roubava smartphones e outros bens das vítimas. Além disso, o criminoso fazia ameaças para elas repassarem senhas para transferências bancárias por meio do PIX.

Em outra situação, a Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) prendeu um casal de pastores de uma igreja evangélica, suspeito de comprar peças de roupas e falsificar os comprovantes de pagamentos, que eram realizados via PIX. A captura ocorreu em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza.

Segundo as investigações da polícia, os religiosos adquiriam as confecções de forma fraudulenta e realizavam a venda dos produtos na igreja onde eram membros. O prejuízo para uma das vítimas chegou a R$ 80 mil.

Como denunciar

A SSPDS ressalta que as vítimas podem denunciar em qualquer delegacia da Polícia Civil, inclusive a Delegacia Eletrônica, que funciona 24 horas por dia.

A pasta ainda reforça a importância dessa ação, para que todos os casos cheguem ao conhecimento das Forças de Segurança do Ceará e as medidas necessárias sejam tomadas. 

 

 

(g1/CE)

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