A representação do Ceará no Senado deve mudar em fevereiro de 2023. Com o fim do mandato do senador Tasso Jereissati (PSDB), que está em exercício no cargo desde 2015, o senador eleito Camilo Santana (PT) deveria assumir a vaga deixada pelo tucano pelos próximos oito anos.
No entanto, Camilo já assumiu como titular no Ministério da Educação (MEC) e vai abrir a vaga para a suplência.
Assim, o rosto de uma das suplentes de Camilo deve se juntar aos senadores Cid Gomes (PDT) e Eduardo Girão (Podemos) no Senado – este dois com mandatos até 2028. A escolhida foi a primeira suplente, Augusta Brito (PT).
Como será a posse?
Como é o titular do mandato no Senado, o ex-governador do Ceará precisa assumir a vaga em 1º de fevereiro, mesmo que não vá ficar em exercício. Assim, ele deve ser exonerado do MEC até a véspera da data da posse no Senado para poder ocupar o cargo de senador.
Na cerimônia, todas os eleitos assinam o termo de posse e leem o compromisso. Depois disso, no mesmo dia, já é possível pedir licença do cargo. É o que deve ocorrer no caso de Camilo.
Logo após pedir licença, ele pode ser nomeado, novamente, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o comando do MEC e reassumir o cargo de ministro.
Substituição
Como a licença a ser solicitada por Camilo deve ser para assumir o MEC, ela não precisa ter prazo para terminar, como determina o Regimento Interno do Senado. Assim, Augusta Brito irá assumir o exercício do mandato por tempo indeterminado, enquanto o petista permanecer como ministro.
Primeira suplente de Camilo, Augusta Brito (PT) era a principal cotada para assumir a vaga no Senado – já que é a primeira na fila de espera em caso de licença e tem experiência no Parlamento. O nome de Janaína Farias (PT), segunda suplente, chegou a ser ventilado, mas não foi confirmado.
Na segunda-feira (2), Camilo exaltou Augusta durante seu discurso de posse no MEC.
"Cumprimento ela que ocupará o cargo de senadora da República, minha amiga Augusta Brito", destacou.
Trajetória
Natural de Fortaleza, Augusta Brito tem 46 anos e é formada em Enfermagem e em Direito. Apesar de ter nascido na Capital, ela tem a cidade de Graça como seu reduto eleitoral. Lá, ela foi eleita prefeita durante dois mandatos (2005-2012).
Com o fim do seu mandato, assumiu a secretaria de Educação de São Benedito, cargo que ocupou até 2014 – quando se desvinculou para concorrer à deputada estadual. Naquele ano, inclusive, foi eleita para uma vaga na Assembleia, sendo reeleita em 2018.
Em sua trajetória, foi filiada ao PPS, PCdoB e, agora, PT.
(Diário do Nordeste)