Prestes a finalizar o mandato como prefeito Choró, Marcondes Jucá teve a prisão temporária decretada e foi detido durante a operação Ad Manus — parceria do Ministério Público do Ceará (MPCE) e das Polícias Civil e Federal. O gestor municipal foi solto após dez dias — a prisão aconteceu no dia 22 de novembro. Contudo, ele prossegue afastado das funções devido a suspeita de irregularidades em contratos do Município. O afastamento determinado pela Justiça foi de seis meses, o que ultrapassa o tempo restante de mandato dele no comando da Prefeitura.
A mesma operação teve como alvo o prefeito eleito da cidade, Bebeto Queiroz (PSB). Ele também permaneceu em prisão temporária por dez dias, mas logo depois de ser solto, voltou a ter a prisão temporária decretada e segue foragido.
Mas essa não foi a única investigação contra prefeitos de cidades cearenses realizada em 2024. Ao longo do ano, pelo menos 12 gestores municipais foram alvo de operações tanto do Ministério Público como de agentes da Polícia Civil e Federal.
Choró ser a primeira a registrar a prisão de gestor municipal, mas em outros municípios o afastamento do prefeito gerou grave impasse sobre quem comandaria a Prefeitura, já que os vice-prefeitos tiveram dificuldade em tomar posse, com disputas envolvendo inclusive o Poder Legislativo.
(Diário do Nordeste)