A aproximação do ex-ministro e ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT) das forças de direita do Ceará não é motivo de incômodo para o ex-deputado Capitão Wagner (União Brasil), apesar do histórico de confrontos políticos e judiciais entre os dois. Pelo contrário. Wagner defende o entendimento como necessário e diz que Ciro ou qualquer outro que queira compor o bloco será "acolhido".
Na terça-feira passada, 6, Ciro participou de reunião da bancada de oposição na Assembleia Legislativa. Estavam presentes deputados estaduais do PL, ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e do União Brasil, do grupo de Wagner, além da bancada pedetista, de Ciro.
Em entrevista ao O POVO após participar do programa Debates do Povo, na rádio O POVO CBN, na sexta-feira, 9, Wagner comentou o encontro. "Eu sempre defendi que a oposição tinha que juntar todas as forças, todos os partidos, todos os quadros para fazer o enfrentamento contra uma máquina que hoje é tripla, com Prefeitura de Fortaleza e os governos estadual e federal, sem falar das prefeituras do Interior", ponderou ele.
E seguiu: "Todo e qualquer indivíduo ou agente político que quiser se somar à oposição vai ser acolhido para que a gente possa fazer a construção de um projeto que seja amplo em todas as áreas e, quem for escolhido para disputar a eleição para governador, possa defender esse projeto".
Questionado sobre os atritos nacionais e os que já protagonizou com Ciro, Wagner revelou que eles ainda não conversaram. "A gente não se sentou para discutir nem para conversar a respeito disso. Lógico que a gente vai ter um momento para isso, mas com muita tranquilidade e amadurecimento".
"Colocando o interesse pessoal, a vaidade ou a mágoa em segundo plano, a gente vai conseguir, sim, contornar tudo isso e construir um projeto para o Estado", complementou Wagner.
(O Povo)