Dona de página de fofocas presa em MG expunha traições e dívidas das vítimas

Foto: Redes Sociais/Reprodução 

 


Anielly Mariana Sousa Silva, 21, foi presa durante a terça-feira passada, 9, suspeita de extorquir moradores dos municípios de Conceição das Alagoas e Uberaba, interior de Minas Gerais.

A jovem utilizava o perfil de fofoca “@leo_dias_cda” nas redes sociais para publicar informações pessoais das vítimas como dívidas e traições, e depois cobrava até R$ 300 para apagar os conteúdos.

De acordo com a Polícia, dez boletins de ocorrência já foram registrados contra Anielly, acusando-a de crimes contra a honra. As extorsões seriam a principal fonte de renda da Jovem, que já teria separado pelo menos quatro famílias. As informações são do portal G1 Triângulo e Alto do Parnaíba.

"Ela chegou a acabar com quatro famílias, mas apenas dois destes casais procuraram a polícia e registraram [boletim] contra ela. Ao todo, ela possui cerca de 10 boletins de ocorrência que a acusam de crimes contra a honra", detalhou o delegado responsável pelo caso Bruno Vinícius, ao G1.

As denúncias contra Anielly também partem de uma instituição social, que estaria sendo acusada de maus-tratos na página e uma viúva em tratamento psicológico, que acabara de perder o marido em um acidente de trânsito e tinha informações pessoais expostas na página. A exposição, segundo a polícia, agravou o quadro psicológico da paciente.

Suspeita pode pegar até 12 anos de prisão

De acordo com a Polícia, os crimes atribuídos a Anielly podem gerar penas de até 12 anos de prisão, caso todas as denúncias sejam aceitas. A Justiça determinou o bloqueio das contas que ela usava para receber os montantes frutos de extorsão e a suspensão por tempo indeterminado da página nas redes sociais.

Anielly é um dos alvos da operação Maledicta Bocca, realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais. Ao todo, foram 50 dias de investigação que analisaram mais de 12 mil páginas na internet com perfil de extorsão sistemática.

“Ela caluniou a cidade inteira, difamou a cidade inteira. Cada vítima que procurava [a polícia] ia aumentando a pena. Os crimes de extorsão vão ser investigados pela Polícia Civil e vão ser encaminhados ao Ministério Público. Ainda não temos uma estimativa, mas, em relação às extorsões, ela pode pegar no mínimo 12 anos de prisão, caso todas elas sejam confirmadas”, explica o delegado.

A recomendação da Polícia é de que as pessoas que se sentiram ofendidas pelas publicações procurem uma delegacia de polícia para registrar boletim de ocorrência. Depois da prisão preventiva, Anielly foi colocada à disposição da Justiça e se encontrada na Penitenciária Professor Aloísio Inácio Oliveira, em Uberaba.


(O Povo)

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