Com uma média diária de mais de 100 mortos pela Covid-19, o Brasil
deve superar, no dia da Paixão de Cristo, a marca de 1.000 óbitos
confirmados. O Ministério da Saúde deve atualizar os dados, na tarde
desta sexta-feira. Até a quinta-feira, 941 mortes tinham sido
registradas no País desde a confirmação do primeiro óbito (17 de março).
Foram 141 óbitos em 24 horas, o que fez o Brasil bater o terceiro
recorde diário no número de novas mortes em consequência do coronavírus.
Com isso, o Brasil subiu do 10º para 9º lugar no ranking dos países que
mais registram novos falecimentos por dia, superando o Irã (117
óbitos). O ranking é liderado pelos EUA (1.724 novas mortes), seguidos
pela França (1.341). Nesta quinta-feira, 7.026 pessoas morrem pela
Covid-19.
A taxa de letalidade do Brasil voltou a ser maior da série histórica,
alcançando 5,3%. Dos nove estados nordestinos, quatro apresentam taxas
de mortalidade de dois dígitos, o que indica uma situação bastante
preocupante de deficiência na aplicação de testes massivos para detecção
do vírus e de subnotificação dos contágios: Piauí (15,8%), Paraíba
(12,2%), Sergipe (10,3%) e Pernambuco (10,1%).
Em todo o País, já existem 17.857 infectados, um aumento de 12% em
relação ao dia anterior. São Paulo concentra o maior número de casos
(7.480) e de óbitos (495), com mais da metade do número de mortes no
Brasil. O estado é seguido por Rio de Janeiro (122 mortes) e Pernambuco
(56).
Diário do Nordeste