Jon Jones, lutador
norte-americano de MMA considerado um dos melhores da história do esporte,
afirmou que irá deixar o título dos meio-pesados do UFC vago e que Dominick
Reyes e Jan Blachowicz, respectivamente os números um e três do ranking poderão
disputá-lo. Jones está em um conflito aberto com Dana White, presidente do UFC,
através de declarações.
Na última sexta-feira, White
afirmou em entrevista coletiva que Jones havia pedido US$ 30 milhões (R$ 160
milhões) para subir de categoria e enfrentar Francis Ngannou. No mesmo dia, o
lutador criticou o presidente do UFC através das redes sociais, pedindo-o que
não fosse mentiroso e dizendo que sua reputação já fora atingida o suficiente.
Após o evento do UFC no último
sábado, White foi questionado sobre a situação. A resposta foi contundente. “Eu
e Jones sempre tivemos isso. Sempre olho para o que ele poderia ter sido. Ele
poderia ter sido o LeBron (James) do nosso esporte. Ele poderia ter sido grande
assim. As coisas pelas quais ele passou, vir assim e achar basicamente que ele
pode exigir 15, 20 ou 30 milhões de dólares… É insano. Ele pode fazer o que
quiser, pode ficar sentado, pode lutar, pode fazer qualquer coisa”, afirmou o
presidente. Ainda afirmou que a reputação de Jones foi manchada por ele mesmo.
Já no domingo, Jones demonstrou a
revolta. “Reyes vs Jan pelo cinturão dos meio-pesados. Até o momento, não tenho
vantagem alguma em lutar com qualquer um deles. Me avisem se vocês quiserem
marcarem uma data em 2021. Espero que vocês estejam dispostos a pagar por ela”.
Na sequência, respondeu à pergunta de um fã confirmando que abriria mão do
cinturão.
“Eu faria provavelmente mais
dinheiro em minha primeira luta de boxe do que em minhas três próximas lutas
(no UFC) juntas”, escreveu Jones, afirmando que a dor que sentia não valia mais
a pena. O lutador constantemente reclama da dificuldade do UFC em aumentar os
salários dos atletas.
Jones é considerado um dos
maiores lutadores da história do MMA, mas também tem uma longa lista de
problemas na carreira, principalmente com o antidoping e por passagens na
polícia.
Estadão Conteúdo